O homem nas trevas, no original Don't breathe, é um filme de suspense e terror dirigido pelo Uruguaio Fede Alvarez (A morte do demônio). A trama gira em torno de um grupo de jovens ladrões que invadem a casa de um veterano de guerra cego acreditando que realizariam o crime perfeito, mas as coisas começam a fugir do controle quando descobrimos que o idoso não é tão inofensivo assim.
Ah, este texto é livre de spoiler, pode vir tranquilo!
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O que há de bom?
Imersão e ambientação são as palavras. A maior parte do filme se passa dentro da casa do homem cego, logo que a invasão acontece há um plano sequencia ótimo, que nos imerge no filme e nos faz perceber detalhes da casa que serão utilizados mais tarde no longa. Fede nos leva para dentro da casa junto com os personagens e ainda nos mostra como o meio influência a personalidade e o caráter dos personagens centrais. Além da parte obvia que cerca a protagonista Rocky (Jane Levy da série Suburgatory), clássica menina pobre com problemas familiares, temos um jogo interessante com o Homem cego (Stephen Lang). Quando somos apresentados à ele, na piso superior na casa, é vendida a figura de um idoso triste, cego e sozinho, conforme o personagem vai descendo até o primeiro andar da casa e, mais tarde até o porão, é que vemos a seu lado obscuro vindo a tona. Quanto mais descemos em sua casa, mais descemos em seus problemas, mais mergulhamos em sua escuridão.
É muito interessante também a forma como sempre estamos sendo cegados durante o filme, seja por cenas extremamente escuras ou clarões súbitos, precisamos adaptar nossa visão o tempo todo, e o melhor é que não fica confuso em momento nenhum. Além, claro, dos poucos diálogos e dos ruidos altos que circulam pela casa, como respirações, o andar, os eletrodomesticos.
Tudo é arquitetado para te prender o máximo na experiencia de entrar nas trevas,
O que podia ser melhor?
Um problema que atinge grande parte dos filmes do gênero: as conveniências do roteiro ficam a um passo do absurdo.
Amiga, assim não tem como te defender:
Justamente, as conveniências: Personagem praticamente onipresente, personagens com mais vidas que um gato e um super olfato e ultra audição que só funcionam de vez em quando. Por exemplo, em uma cena o homem consegue sentir o cheiro dos sapatos a metros de distância mas em outra não percebe quando quase esbarra em um personagem.
(Lembrete: Um pouco de talco para chulé pode salvar sua vida)
Ah, é uma mençao (des)honrosa para os hematomas mutantes que somem de uma hora para a outra. Praticamente o poder de regeneração do Wolverine.
Concluindo: O Homem nas trevas é eficiente e tem uma direção esperta que sabe usar os seus poucos recursos parar criar tensão. Vale a pena pagar para passar um pouco de raiva com as decisões estupidas que todos adolescentes tem em filme de terror.
Nota: 8/10
Nota: 8/10
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