Em 2016 chega aos cinemas (outro) Ben-Hur, filme com a assinatura do diretor russo Timur Bekmambetov (Night Watch, Wanted) com Jack Huston, Toby Kebbel, Morgan Freeman e Rodrigo Santoro no elenco.
Vem ver o que nós temos a dizer sobre o filme, pode relaxar que não demos grandes spoilers.
O que há de bom?
Ben-Hur é uma história que ja foi contada de várias formas, e o nosso primeiro pensamento com o notícia de um remake talvez seja um sonoro "Pra que? Pra come?" Mas uma coisa positiva é que o filme sabe disso e não tem pretensão nenhuma de se tornar o novo maior épico de todos os tempos, não há a pretensão de querer se igualar a versão de 1959, a mais consagrada.
Timur quer fazer um bom filme de ação, e em alguns pontos ele até consegue.
Os planos são bem interessantes e fogem um pouco do óbvio. Há cenas em primeira pessoa, câmera tremida, uso de Go pro e as coisas funcionam bem. Há sensação de desespero e urgência, especialmente nas duas sequências mais grandiosas: A escravidão de Judah no navio (minha favorita no filme) e a corrida de bigas.
Quanto ao elenco, ele é competente. Primeiro o nosso Rodrigo Santoro que, infelizmente, não aparece muito como Jesus, mas a figura tem sempre um ar que transita entre o leve e o imponente. É um Jesus muito mais humanizado e traz um pouco de frescor e novidade, diferenciando do outros filmes bíblicos em que Jesus aparece como o líder, aqui ele está no meio do povo. Jack Huston e Tobby, os irmãos protagonistas, até convencem, mas nada espetacular. O único que parece afetado demais e destoante do clima é o Poncio Pilatos de Pilou Asbæk...
E por falar em corta clima..
O que podia ser melhor?
Onde eu tô? O filme corre demais em alguns pontos e parece durar uma eternidade em outros. Falta um pouco de timing e de noção de espaço. Em determinado momento os personagens estão um lugar onde um ponto da trama deve acontecer, de repente já estão em outro e outro, tudo isso sem nem terem inventado o avião ainda.
Outro ponto que incomoda um pouco são os efeitos especiais. a maioria do uso é acertado e bem feito no longa, mas alguns cenários gritam o uso o CGI e ficam muito artificiais, ainda quando contrastam com os efeitos práticos, é algo como "wow, cavalos reais, bigas, morte, uhh, perigo... Não, pera, não importa que Morgan Freeman seja Deus, da pra ver que ele não está ali de verdade"
Amiga, assim não tem como te defender:
Quem teve a ideia de terminar um filme épico com um música pop? Pelo amor de Jesus Santoro, demitam que resolveu pausar o final de Ben-Hur pra inserir o final do último Velozes e furiosos no lugar. A quebra de clima é tão brusca e sem sentido que...
Concluindo: Ben-Hur consegue ter o seu valor de entretenimento, mas não tem muito a acrescentar.
Nota: 6/10
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