O longa consegue a proeza de ser engraçado ao mesmo tempo que mantém o clima de suspense e terror dos clássicos que homenageia.Flertando com a paródia, o filme traz menções a longas famosos do terror, como A profecia, Poltergeist e O iluminado. Mas isso, sem deixar de criar a sua própria tensão e trabalhar o suspense, todas as cenas que envolviam o quarto de Lucas me faziam colocar a mão no rosto e me preparar para um susto. O que fica ainda mais divertido, quando percebemos que o diretor não usa de sustos desnecessários, nada de jumpscares inseridos só para maquiar a trama e fingir que estamos vendo algo assustador. O filme sabe que é absurdo e abraça essa ideia.
Os membros do elenco também funcionam muito bem juntos, principalmente Scott e Douglas, os interpretes de Gary e Lucas transmitem uma dinâmica engraçada tanto nas partes conturbadas quanto nas redenção e os problemas de relacionamento entre pai e filho. Lucas, a criança endiabrada, com as suas roupas de membro do AC/DC e seu olhar baixo passam a tensão e a simpatia que o filme precisa.
Enquanto a obra trabalha os dramas familiares e as figuras paternas, o filme é sensacional. Porém, na reta final, ao se tornar grandioso demais com um reviravolta que foge do núcleo dos três personagens e começa a substituir sua tensão por um excesso de câmera lenta e evoca elementos de filme de ação, o que ia tão bem vira uma bagunça. Perdendo um pouco do brilho do que havia sido construído até ali.
Pequeno Demônio é um filme divertido que consegue passar uma sensação de tensão suficiente para quem procura só se divertir ao mesmo tempo que consegue encorporar várias referências para os fãs de filmes de terror.
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