Com uma influência maior da Internet na vida das pessoas, o mundo cinematográfico entrou em desespero e todos os anos lançam alguma novidade para tirar o público da cadeira do computador para ir a uma sala de cinema.Mas isso não é de hoje. Em meio a tantas mudanças criadas para atrair a população, uma delas foi o cinema com cheiro.
Em 1928 chegava uma inovação as salas. O filme era ''Lilac Time'', de George Fotzmaurice. As aventuras do jovem Gary Cooper eram acompanhadas por um sistema de ventiladores que espalhava essências que acompanhavam as imagens que passavam. Este sistema era bom para espalhar os odores, mas não era muito eficaz paraa dissolvê-los. Em certo momento, a sala se tornou asfixiante e o público foi obrigado a abandonar a sessão.
Na verdade, a primeira tentativa de aliar o cinema a diferentes cheiros foi em 1906. Os donos da respectiva sala de cinema humedeceram bolas de algodão com água de rosas e colocaram-nas em cima de um ventilador, enquanto era projetado um filme sobre o Torneio das Rosas.
Em 1959 estreiou em Los Angeles "Scent Mystery" um filme de suspense no qual a chave do mistério estava na colônia do assassino, por isso foi utilizado uma nova tecnologia em sua projeção, o Arorama, que consistia numa máquina que aspergia toda a sala com uma fina camada de pó que simulavam os cheiros do filme. O filme foi promovido com o seguinte slogan: ''Primeiro eles movimentaram-se! (1895) Depois falaram! (1927) Agora cheiram!!''. Novamente, já na metade da exibição, tinha tanto pó no ar que ao final ninguém sabia que cena do filme estava cheirando.
A idéia foi retomada por John Waters em 1982 no filme ''Polyester'', através do sistema Odorama. Logo na entrada da sala, cada espectador recebia um cartão com pedacinhos numerados, durante a sessão, apareciam números num canto da tela e o espectador ao raspar o número correspondente no cartão podia sentir o cheiro daquela cena. A má notícia é que Waters é conhecido pelo seu mau gosto e os cheiros de 'Polyester' eram de vómito, de peixe podre e outro odores escatológicos.
A última tentativa foi em 2005. Uma das salas IMAX da cidade de Viena tentou oferecer sessões a três dimensões com cheiro, graças a um sistema controlado por computador.Este sistema foi desenvolvido pela Yellow Point, uma empresa pioneira em efeitos de última geração. Porém, a ideia foi descartada.
Até então essa “inovação” permanece esquecida, mas no meio de telas 360º, cadeiras que tremem, etc... não é de se duvidar que muito em breve os cheiros serão a nova tendência dos cinemas.
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