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O QUE ACHAMOS DE:: Beleza Oculta

Beleza Oculta (collateral beauty) é o novo drama dirigido por David Frankel (Marley e eu, O diabo veste prada) com um elenco cheio de grandes estrelas, como Will Smith, Kate Winslet, Keira Knightley, Edward Norton e vários outros nomes de peso. O filme chega ao Brasil dia 26 de Janeiro de 2017, nós já assistimos e vamos contar o que achamos, sem spoilers!

O que há de bom?
 A trama gira em torno de como de Howard, um homem que era energético e carismático, lida com a morte de sua única filha. Devastado, ele começa a escrever cartas questionando o universo, direcionando suas mágoas as entidades Tempo, Amor e Morte. O drama ganha pontos por acertar como abordar a depressão e suas consequências, tema que acaba ganhando com frequência uma visão romantizada pela mídia, parece mais real aqui ao mostrar a desconexão que o personagem de Will Smith sente com o mundo ao seu redor desde a perda de sua filha. A atuação de Smith, embora se torne um pouco nostálgica ao lembrarmos de A procura da felicidade, é uma das mais competentes, mostrando bem a mudança de Howard antes e depois do acontecimento.
Com tantos nomes consagrados no elenco, ele é um dos destaques, além do trio que atua como as entidades Amor, Morte e Tempo, Keira Knightley, Helen Mirren e Jacob Latimore, respectivamente.
Passado em época de Natal, o filme consegue fazer uma relação interessante entre sua alternativa releitura de A christimas Carol com a doença que o protagonista enfrenta, uma das primeiras cenas, em que os dominós são derrubados, forma uma bonita metáfora para como o personagem de sente destruído.  E ainda tem uma boa trilha sonora (destaque para Let's hurt tonight) que nos mantém despertos quando o filme se torna excessivamente lento... e falando nisso...

O que podia ser melhor?
Enquanto alguns atores seguram o longa, outros parecem fora da sua boa forma. Talvez por estarmos acostumados com Kate Winslet e Edward Norton sempre acima da média, vê-los atuando no automático incomoda. O drama de Whit, encarnado por Norton, ainda contrapõe de forma interessante a narrativa principal do filme - um pai perde sua filha fisicamente, enquanto o outro perde emocionalmente - mas o humor do personagem parece destoante demais com o resto do longa, que se leva muito a sério e se torna um tanto pretensioso demais.(Mirren, citada acima, equilibra seu personagem de forma muito mais competente, por exemplo) Quanto a Kate, seu arco sai de lugar nenhum e termina em "Ah, deixa pra lá". O filme, que tem pouco mais de uma hora e meia, se arrasta nos dramas paralelos e faz com que muita coisa aconteça sem que a gente realmente se importe.

Amiga, assim não tem como te defender.
A tentativa de plot twist no final, em vez de emocionante é totalmente sem nexo. Uma boa ideia que poderia ser o ponto alto, porém pessimamente executada.

Concluindo: Beleza oculta tem um abordagem interessante e uma mensagem comovente, no entanto o excesso de dramas paralelos jogados faz com que o filme se torne cansativo, tirando o brilho daquilo que seria sua melhor parte: a evolução do personagem de Will Smith e sua depressão.
nota:6/10


PROMOÇÃO - A QUALQUER CUSTO
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