Um dos concorrentes do Oscar de 2017, Lion é um filme que aposta fortemente no emocional, baseado em uma história verídica, com apelo de denuncia da pobreza na Índia e com uma pitada de superação. Uma fórmula perfeita, que é executada com competência.
Dividido em duas partes, uma centrada no na infância e outra na vida adulta do personagem, a primeira acompanha a versão jovem de Saroo, quando ele se perde de sua família, é a que mais atinge. Sunny Pawar, o ator mirim, entra para o hall das crianças carismáticas e talentosas de Hollywood. Incrível como um "Guddu?" vem carregado de sentimento. Quando Dev Patel assume, 25 anos depois do garoto ser adota por uma família Australiana, o nó na garganta se desfaz um pouco, mas o filme ainda consegue se manter em uma boa direção.
O maio problema, é desenvolver as tramas paralelas que surgem na vida adulta do personagem. A unica cosia que se destaca, é a relação de Saroo com a personagem de Nicole Kidman, Sue Brierley. Tem muitos momentos que parecem não levar a nada, uma relação de irmão desperdiçada e um romance com Lucy (Rooney Mara) que não faz diferença nenhuma na trama. Aqui poderíamos ter focado mais na busca de Saroo, ou encontrar um forma melhor de nos convencer dos elos entre os personagens. Felizmente,Patel consegue segurar as pontas em mostrar a dualidade entre a vida atual que o protagonista leva agora e as fracas memórias que ele tem de seu passado.
Esse filme traz muitas lições sobre lar e família, e merece muito crédito por não cair só no piegas que sua formula podia proporcionar, a obra sabe ser sutil nos momentos certos e emociona de verdade. A relação da família adotiva e a garra de Saroo são verdadeiramente inspiradoras.
Concluindo: Lion - uma jornada para casa, consegue cumprir a proposta de emocionar. apesar de se perder um pouco no segundo ato, possui um prólogo maravilhosos que já vale a ida ao cinema, e um final que vai fazer até o coração mais duro soltar um suspiro aliviado.
Nota: 8,5/10
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