Shayamalan é um diretor que causa controvérsia, na sua carreira temos desde o clássico O sexto sentido até o odiado O último mestre de ar. sua carreira é cheia de altos e baixos, e já posso te assegurar aqui que esse filme faz parte dos pontos altos, principalmente porque podemos sentir a mão do diretor e a sua autoria. Sim, cinema é um negócio movido a dinheiro e isso não é um problema, mas sentir que um filme é feito com paixão as vezes da um diferencial.
Os closes up que o diretor adora, onde várias vezes a câmera fica focada na cara dos personagens combina perfeitamente com a sensação de claustrofobia que o tema sequestro lembra, isso ajuda muito a criar um suspense incrível, e que ainda muda para algo mais tremido e corrido quando o filme pede mais ação. Tem muita ligação da fotografia com o roteiro.
Outra coisa que é fora do natural, James McAvoy. O combo de 23 personagens em um só é desafiador, mas também seria muito bem fácil de cair num exagero e estragar toda a premissa. McAvoy transita entre todos de forma sutil, perfeita, com um trabalho corporal praticamente impecável. A forma como ele muda de sotaque, expressão, posição tão rapidamente as vezes, essa comcerteza é uma das melhores performances de sua carreira. E todos os outros também estão bem escalados, Anya Taylor-Joy (A bruxa) tem uma personagem com tanto peso dramático e a faz com tanta competência quanto.
O único problema, é aquela velha expectativa de polt twist em todo filme que vemos no diretor, Aqui, as coisas se tornam um pouco expositivas demais o que acabou entregando a primeira reviravolta. (É, eu disse primeira. A segunda realmente é inesperada e vai pegar os fãs de jeito). Um pouco menos de exposição, talvez, fosse mais divertido. Mas nada que tire o brilho do filme.
Concluindo: Pode ir no cinema correndo, que com certeza esse longa entra para a lista dos melhores do diretor.
Nota: 9/10
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