La La Land é o filme mais falado no temporada de
premiações, depois de conseguir o feito inédito de conquistar sete Globos de Ouro, o
boca a boca do filme tem levado várias pessoas a conferir o novo longa de
Damien Chazelle nos cinemas, e nós não ficaríamos de fora.
Pode ler essa resenha tranquilo, esse texto é livre de spoiler.
Pode ler essa resenha tranquilo, esse texto é livre de spoiler.
La La Land é um longa saudosista, que bebe muito
profundo na aura dos grandes musicais clássicos, como Cantando na chuva e Amor
sublime amor, por exemplo. Mas nem por isso deixa de ser autoral. Ainda é
possível ver a mesma mão que dirigiu Whiplash, filme anterior de Damien
Chazelle, com seus closes que querem mostrar o conflito interno dos personagens
e a obvia paixão pessoal que o autor tem pela música.
A história gira em torno de Mia, uma aspirante a
atriz, e Sebastian, um músico de jazz que quer “salvar” a pureza do estilo e
abrir o seu próprio clube. Os protagonistas são vividos pelo competente Ryan
Gosling e pela incrível Emma Stone, que é quem rouba o filme para si. Sonhadora, apaixonada e um tanto insegura as vezes, seus grandes olhos
são tão vividos quanto as cores saturadas dos figurinos e cenários, que aliás acompanham o estado de espirito do filme,
extremamente colorido enquanto traz uma visão otimista, um pouco mais sóbrio quando o
filme precisa ser mais honesto.
As sequências de dança em simulação de plano sequência
são sensacionais, desde a linda abertura até o número final. A sintonia dos
movimentos corporais com os movimentos das câmeras impressionam e enchem os
olhos, além do trabalho das luzes, que regularmente focam apenas nos
personagens para mostrar como a ligação, nãos só com a música, mas também de um com o outro, os
torna únicos.
Chega a ser engraçado como a atmosfera antiga do filme faz com que fiquemos surpresos quando os personagens usam celulares e tablets, mas afinal, musicais são uma fuga momentânea da realidade e é isso que La La Land proporciona. A beleza técnica é arrebatadora, a construção dos anseios e do amor entre os protagonistas pode derreter até os corações mais duros e praticamente compensam a falta de desenvolvimento que os outros personagens sofrem ao ficarem em suas sombras.
Chega a ser engraçado como a atmosfera antiga do filme faz com que fiquemos surpresos quando os personagens usam celulares e tablets, mas afinal, musicais são uma fuga momentânea da realidade e é isso que La La Land proporciona. A beleza técnica é arrebatadora, a construção dos anseios e do amor entre os protagonistas pode derreter até os corações mais duros e praticamente compensam a falta de desenvolvimento que os outros personagens sofrem ao ficarem em suas sombras.
Concluindo: La La Land faz sim jus ao seu recorde de
vitórias no Globo de Ouro, um ode ao cinema antigo e prato cheio para quem gosta
do gênero, pode até romper a barreira e agradar quem não simpatiza
muito com musicais. Embora a história de garoto conhece garota seja batida, o filme sabe contá-la da melhor forma.
Nota: 10/10
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