A primeira série original da Netflix produzida inteiramente no Brasil chegou na plataforma no dia 25 de novembro de 2016. Depois da nossa maratona, resolvemos reservar um espaço para falar sobre ela. Pode ler nosso texto sem medo, ele é completamente livre de spoilers!
O que há de bom:
Orgulho. É difícil ser imparcial quando falamos de uma
produção brasileira que se desafia a ser lançada para o mundo, principalmente
em um campo de distopia e ficção cientifica que é algo onde as produções
brasileiras se aventuram pouco, e as que se aventuram, sofrem preconceito as
vezes até da nossa própria população. A realização de série 3%, especialmente
sabendo que a sua produção está desenvolvendo o show desde 2010, é praticamente
uma vitória e tem tudo para ser sim um marco no entretenimento nacional.
A série se passa no futuro, onde há um processo que
seleciona apenas 3% da população geral para ser levada a Maralto, lugar
idealizado como perfeito. A série acerta em usar esse processo para evoluir
seus personagens, a cada prova é perceptível a mudança na personalidade que os
candidatos sofrem, mesmo que a premissa pareça batida, a história é bastante
eficiente. O conceito todo que envolve a série é impressionante, e depois da
explosão recente do gênero, seria um desafio a mais se tornar diferente das
coisas que já vimos, como Jogos Vorazes e Maze Runner, 3% ainda consegue se
embasar mais ao debater meritocracia e trabalhar as nuances de seus
personagens. Você vai se questionar diversas vezes sobre quem você deve apoiar
ao longo dos oito episódios da série.
A forma como o Maralto é apresentada também me agrada,
afinal, assim como os personagens também começamos cegos em relação ao paraíso
e aos poucos temos pequenas pistas sobre o lugar. Algo, tão idealizado mas tão
distante, ainda pode flertar com uma crítica a essa insatisfação com o lugar
onde estamos. Quer dizer, quantas pessoas que conhecemos não sonham em
viver nos Estados Unidos sem nunca terem ido para lá antes, não é mesmo?
O que podia ser melhor?
Alguns problemas técnicos, como a mixagem de som por
exemplo. Sons ambientes que não batem com o volume de voz dos atores, falas que fazem ficar claro o fato de terem sido regravadas em pós produção (o que é algo
comum de acontecer, mas nós enquanto espectadores não podemos perceber). Fundo
verde escrachado em cenas aéreas, o que compreendemos que se deve a falta de
verba, porém, incomoda um pouco.
Amiga, assim não tem como te defender.
Netflix, o problema com essa série é o fato de ainda não
estar renovada para a segunda temporada. Cadê?
Concluindo: 3% tem algumas falhas de produção, mas é perceptível
o empenho de seu idealizador, Pedro Aguilera, em desbravar novas propostas e
encontrar um novo jeito de criar o conteúdo audiovisual no Brasil. A série,
independente de qualquer coisa, merece o reconhecimento por seu pioneirismo.
Torcemos de verdade para que seja a responsável por criar portas para novos
produtores artísticos aqui da nossa terra.
Série muito fraca. Mistura de malhação, bbb e enem.
ResponderExcluirEu achei o piloto que está no youtube bem melhor...
ResponderExcluirVc ao menos já prestou enem na vida? :v
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