Antes de
tudo, preciso dizer que Regina George trai Aaron Samuels toda quinta feira na
sala de projeção em cima do auditório.
Agora, vamos
falar sobre Meninas Malvadas, o filme que ganhou o título de maior clássico do
cinema contemporâneo (de acordo com a enquete que eu fiz aqui em casa).
Means Girls,
de 2004, é um filme dirigido por Mark Waters com roteiro de Tina Fey, baseado no
livro Queens Bees e wannabes escrito por Rosalind Wiseman.
A trama gira
em torno de Cady (Lindsay Lohan), aluna nova que sempre foi educada em casa e
precisa enfrentar o drama do high school americano. Lá, ela é apresentada ao
mundo das garotas que é reinado pelas poderosas, grupo que contém Regina
George, Karen Smith e Gretchen Weiners, interpretadas por Rachel McAdams,
Amanda Seyfriend e Lacey Chabert, respectivamente.
Quase uma
paródia de si mesmo, o filme encontra uma forma de encarnar os estereótipos em
seus personagens de uma forma convincente e carismática. E tem o proposito de
desmitificar, principalmente, a ideia dos padrões de beleza e rivalidade
feminina. Além de ainda abordar segregação, homofobia e bullying de uma forma
engraçada. Lembra da apresentação das tribos no refeitório? As plásticas da
senhora George, interpretada pela Amy Poheler? Ou da passagem que diz que “gay
demais da conta” só era algo engraçado quando a Janis dizia, e que soava cruel
na boca das poderosas? O bullying que a própria Janis sofria sendo chamada de
lésbica?
"Vocês precisam parar de chamar umas as outras de vagabundas, isso só faz com que os meninos achem que é OK te chamarem de vadias e vagabundas" |
Meninas
Malvadas é umas das comédias adolescentes mais inteligentes.
Cheia de
falas icônicas, é incrível como Tina Fey (que também foi a primeira mulher a se
tornar roteirista do Saturday Night Live, um dos programas humorísticos mais
famosos e antigos dos Estados Unidos) e Mark Walters conseguiram passar uma
mensagem positiva através da grande caricatura que criaram. Sim, claro que o
filme apela para o exagero para se tornar cômico, mas, afinal de contas, que
garota nunca foi chamada de vagabunda? A mensagem de sermos mais tolerantes e
menos competitivas no mundo feminino é valida, principalmente durante a
adolescência, período em que comum sentirmos que precisamos ser "diferentes" das outros garotas. Você precisa ser bonita como a Karen, mas não pode ser burra como ela,
precisa ser poderosa como a Regina, mas não muito ou será considerada fútil, precisa
ser original, mas não tanto, ou você vai ser deixada de lado como a Janis. No
fim, todas se identificam com a Cady. Até que ponto nos tornamos aquilo que
odiamos?
"O limite não existe" |
É incrível como uma filmes que já completou 12 anos (sim, estamos velhos!) ainda seja tão atual, e uma coisa é inegável: mesmo que você não se identifique com o drama, pelo menos pode tirar ótimos bordões.
Isso é tão barro!
Pare de tentar fazer o barro acontecer! Isso nunca vai acontecer! |
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